quinta-feira, 23 de maio de 2013

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Recomendações


Alunos da 6ª A,
Conheçam o poema e a música que fazem parte da entrevista do projeto!
Um abraço!
Professora Rosangela 
Gonçalves Dias

Canção do exílio

Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
                                 (Gonçalves Dias)


Vinícius de Moraes e Tom Jobim




Vinícius de Moraes

Tom Jobim

Garota de Ipanema

Garota De Ipanema
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
No doce balanço, a caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, porque estou tão sozinho
Ah, porque tudo é tão triste
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor
  Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes

sábado, 18 de maio de 2013

Luar do Sertão

Luar do Sertão

MARIA BETHÂNIA

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão

Oh que saudade
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
folhas secas pelo chão

Este luar cá da cidade
Tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão

Se a lua nasce
Por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata
Prateando a solidão

E a gente pega
Na viola que ponteia
E a canção
É a lua cheia
A nos nascer do coração

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão

Coisa mais bela
Neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste
No sertão, se faz luar

Parece até que a alma da lua
É que descanta
Escondida na garganta
Desse galo a soluçar

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão

Ah, quem me dera
Que eu morresse lá na serra
Abraçado à minha terra
E dormindo de uma vez

Ser enterrado
Numa grota pequenina
Onde à tarde a sururina
Chora a sua viuvez

Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão


                                               (Catulo da Paixão Cearense)